Em meados de 98, Rogério Flausino cantava com todo seu carisma a frase: É, cê não tá sabendo não? Agora é lei: Cada macaco no seu galho. Em catálogo atualmente pela editora Aleph O planeta dos macacos (título original: La Planète des Singes) do francês Pierre Boulle sempre esteve presente, de modo geral, na cultura pop contemporânea. A cena final do filme, shiiii… sem spoiler, apesar do primeiro filme se de 68… Enfim, a cena final foi replicada inúmeras vezes em diversas produções do universo pop.
Ulysse Mérou, um jovem jornalista tal qual nosso querido Edward Malone personagem do livro de Arthur Conan Doyle, O Mundo Perdido, livro esse que teremos resenha em breve. Foco, Ulysse é a personificação do leitor, através dele embarcaremos em uma aventura rumo a estrela betelgeuse, tímido ponto brilhante na miríade do firmamento, semelhante ao nosso astro, o sol que abraça com seus raios cósmicos e aquece o planeta Soror, lar dos nossos queridos, ou não tão queridos assim, símios.
Em Soror a raça humana, primitiva e pouco evoluída é caçada com brutalidade pelos senhores daquele planeta, os macacos. A sociedade símia pode ser vista como uma alegoria de nossa sociedade, seus medos e anseios se assemelham aos nossos, a curiosidade pelo novo e o medo de como um ser humano evoluído como Ulysse pode influenciar, principalmente nas crenças religiosas e na cadeia alimentar daquele novo mundo, os macacos agora tinham um concorrente tão astuto quanto eles.
Planeta dos macacos proporciona uma leitura agradável, apesar de trechos maçantes relacionados a integração de Ulysse com a Dr. Zira. E um livro em que o final é tão fantástico quanto o final do filme, apesar de serem completamente diferentes. Acredito que você, jovem padawan que está interessado em se aventurar em uma ficção cientifica de qualidade, mas não quer lutar ao lado de Jhonny Rico contra aracnídeos em klendathu ou ser um red shirt na Enterprise, trabalho perigoso aliás pode desembarcar sem medo em Soror e conhecer essa sociedade símia que em vários aspectos se assemelha a nossa.
Ótima perspectiva, deu vontade de ler o livro agora.
Tem nem vergonha na cara.
Kkkkkkkkkkkkkkk Tem nem vergonha na cara.