Chrissy Costanza Brinca com Fogo na Íntima “7 Minutes In Hell (Candlelight Version)

Quando pensamos em Chrissy Costanza, a energia explosiva do Against The Current geralmente vem à mente. Mas em sua jornada solo, especialmente com o lançamento de seu álbum “X (VII Deluxe)”, ela tem explorado texturas mais sombrias e pessoais. A prova mais recente é a hipnotizante “7 Minutes In Hell (Candlelight Version)”, que despe a música de sua armadura pop-rock para revelar um coração que bate forte no escuro.

​Se a versão original era um convite para o caos, esta é a confissão sussurrada depois que a festa acabou.

​O vídeo oficial, banhado em tons quentes e sombras profundas, complementa perfeitamente a nova atmosfera. Não estamos mais em uma festa adolescente jogando “Sete Minutos no Paraíso”; estamos em um jogo muito mais perigoso.

​A Queda do Anjo

​A faixa começa com uma pergunta que define todo o seu conceito: “Oh my god / Do angels ever fall this hard?” (Oh meu deus / Anjos costumam cair com tanta força?).

​Costanza não está lutando contra a tentação; ela está analisando sua beleza. A versão “Candlelight” torna essa entrega ainda mais palpável. Quando ela canta “The devil’s dancing in the dark / I kinda like it in his arms” (O diabo está dançando no escuro / Eu meio que gosto de estar em seus braços), a produção minimalista nos faz sentir como se estivéssemos no mesmo cômodo, observando essa dança proibida.

​É uma faixa sobre a atração pelo que é tabu, a emoção de se aproximar da chama.

​O Gosto do Pecado

​O refrão é onde a tensão da música se cristaliza. A “reviravolta do destino” (twist of fate) que ela propõe não é um acidente, é uma escolha consciente de se entregar a algo intensamente perigoso, mesmo que por pouco tempo.

“When you kiss me / I can feel fire within me / Heavens got me burnin’ / Yeah you got me / Playing seven minutes in hell”

(Quando você me beija / Eu posso sentir o fogo dentro de mim / O paraíso está me queimando / Sim, você me pegou / Jogando sete minutos no inferno)

​A ironia de “o paraíso está me queimando” é o cerne da música. Nesta versão acústica, o “fogo” é menos uma explosão e mais uma brasa que queima lentamente. A voz de Costanza, apoiada pela produção vocal adicional de Ethan Radtke, carrega uma textura vulnerável, mas decidida. Ela saboreia a transgressão: “Love the taste of sinning” (Amo o gosto de pecar).

​O Oitavo Pecado Capital

​A música mergulha de cabeça na iconografia religiosa, apenas para subvertê-la. O convite é claro: “Close your eyes / I’m gonna be your favorite vice / Forbidden fruit of paradise” (Feche os olhos / Eu serei seu vício favorito / Fruto proibido do paraíso).

​A inocência é voluntariamente descartada — “Oh drop your halo on the floor / No you don’t need it anymore” (Oh, largue sua auréola no chão / Não, você não precisa mais dela).

​Mas é na ponte que a música revela sua tese mais poderosa. A versão “Candlelight” silencia quase tudo para que a contradição de Chrissy ressoe:

“Why do I feel heaven on your skin? / When I wanna be your 8th deadly sin”

(Por que eu sinto o paraíso na sua pele? / Quando eu quero ser seu 8º pecado capital)

​Em “7 Minutes In Hell”, não há distinção clara entre o sagrado e o profano. O pecado é o paraíso, e a tentação é a forma mais honesta de divindade.

​A “Candlelight Version” de Chrissy Costanza é uma releitura magistral, provando que, às vezes, a sedução não está no barulho, mas no silêncio que o precede. É o som de alguém aceitando seu lado sombrio e descobrindo que ele é perigosamente reconfortante.

“X (VII Deluxe)” já está disponível em todas as plataformas via ONErpm. Clique aqui para ouvir.

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