No videoclipe de “Zombie“, parceria poderosa entre YUNGBLUD e a atriz Florence Pugh, somos levados a uma jornada profundamente emocional que revela a fragilidade da existência e, ao mesmo tempo, a força dos que dedicam suas vidas a cuidar do outro. Florence Pugh, em uma atuação tocante e silenciosamente arrebatadora, interpreta uma profissional da saúde que transita entre a dureza da rotina médica e a delicadeza do cuidado genuíno.
Logo nos primeiros momentos, a música nos entrega um retrato da dor que muitos preferem esconder: “If I was to talk about the words / They would hurt, they would hurt”.
A letra expõe o peso da dor emocional, algo que transborda nos olhos dos pacientes retratados no vídeo. Mas é no gesto atento da personagem de Pugh — no modo como ela observa, toca, consola — que entendemos a importância de sua presença. Ela é quem acolhe o sofrimento alheio sem hesitar, mesmo enquanto o seu próprio corpo parece carregar o fardo do dia a dia exaustivo de quem salva vidas.
A ambientação hospitalar do clipe foge dos clichês romantizados. É um espaço real, cru, melancólico. Ainda assim, Florence se movimenta por ele como um fio de esperança que liga a dor à dignidade. Sua expressão mistura exaustão e compaixão. Sua presença lembra que, para muitos em sofrimento, os profissionais da saúde são os últimos rostos que enxergam — e, às vezes, os únicos que os tratam como humanos, não como diagnósticos.
“To fix my mind, I need time / But it’s running out, it’s running out”
Esse trecho da canção ressalta como o tempo é sempre um recurso escasso — tanto para quem sofre quanto para quem cuida. Ainda assim, Pugh, com uma atuação sutil e profundamente humana, transmite que cada segundo vale a pena quando há empatia. Seu personagem não apenas realiza procedimentos médicos — ela oferece presença, compreensão, humanidade.
A pergunta que ecoa no refrão — “Would you even want me looking like a zombie?” — é carregada de insegurança, de angústia. E nesse ponto, a figura de Florence se transforma em símbolo do amparo incondicional. Para quem está no limite da dor, como os pacientes retratados no clipe, ela surge quase como uma entidade celestial — não por ser inalcançável, mas justamente por ser real, próxima, humana.
Ao longo do clipe, percebemos que, mesmo diante do colapso, a personagem de Pugh segue firme. Seu rosto, marcado por noites mal dormidas e decisões difíceis, revela o que há de mais belo no ofício de cuidar: a entrega.
No fim da canção, ouvimos: “Oh, I don’t know what house you’re now to be / But you’ll love every moment, believe me”
Essas palavras, que podem soar como um aceno à despedida ou à transcendência, ganham ainda mais peso quando refletimos sobre a atuação de Florence. Sua personagem é a ponte entre a dor e o alívio, entre a vida e a morte — e, acima de tudo, entre o desespero e a dignidade.
Zombie não é apenas uma música sobre sofrimento. É uma ode àqueles que resistem por nós. E Florence Pugh, como essa enfermeira ou médica incansável, representa todos os profissionais da saúde que, mesmo invisíveis para muitos, brilham como estrelas no céu escuro da dor humana.
A arte tem o poder de iluminar verdades. E este videoclipe nos lembra que reconhecer esses heróis — que são tão humanos quanto nós, mas que, em nossa dor, parecem celestiais — é um gesto de gratidão que pode dar a eles o que mais precisam: força para continuar cuidando de vidas.

YUNGBLUD é o nome artístico de Dominic Richard Harrison, cantor, compositor e ator britânico nascido em Doncaster, Inglaterra, em 5 de agosto de 1997. Sua música é conhecida por mesclar elementos de pop rock, britpop e punk, refletindo influências de artistas como The Beatles, The Cure, Nirvana, Avril Lavigne e Lady Gaga. Desde o início de sua carreira em 2017, YUNGBLUD tem se destacado por abordar temas como saúde mental, identidade e aceitação em suas letras, conectando-se profundamente com a geração Z.
A música “Zombie” é o mais recente single de YUNGBLUD e fará parte de seu quarto álbum de estúdio, Idols, com lançamento previsto para 20 de junho de 2025. Este álbum duplo foi desenvolvido ao longo de quatro anos e é descrito pelo artista como uma “carta de amor à auto-reivindicação, à música rock e à vida em toda a sua loucura”.
Você pode ouvir ou adquirir “Zombie” e o álbum Idols nas seguintes plataformas:
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- Loja Oficial do YUNGBLUD – para pré-encomendas e edições físicas.