Esse texto contém palavras e contexto para maiores de 18 anos. Não leia, caso não tenha 18 anos ou mais. Se ler, terá que carregar traumas literários, para o resto de sua vida. Você foi avisado(a).
Queria eu ser tão sagaz quanto o Deadpool/Reynolds é, para poder escrever um texto tão engraçado, nostálgico e impactante quanto foi assistir Deadpool & Wolverine. Mas, como sou apenas um fã de filmes de comédia e de super-heróis, vou escrever com o coração, assim como foi escrito o roteiro do terceiro ato do mercenário tagarela nos cinemas.
Deadpool enfia o dedo bem fundo nas entranhas do cadáver em decomposição dos estúdios 20th Century Fox, e chacoalha até jorrar o melhor daquele universo cinematográfico quase esquecido. Bom, ao menos o que coube na tela e na carteira da pão-dura Disney.
O filme é um golden shower de referências nostálgicas, que faz você querer voltar no tempo ou esquecer tudo que viu na época de ouro da Fox, para poder reviver cada momento. Até os ruins. Ok, isso foi um sentimento bem masoquista, digno de Deadpool.
E toda essa nostalgia está diretamente ligada ao propósito do filme. Não vou falar qual, para não dar spoiler, não sou um cuzão. Foda-se! O texto é meu.
O propósito do filme é fazer você perceber que vale a pena lutar por quem você ama e isso inclui “o poder da amizade”. E como esse amor pode resgatar o que parecia perdido e mostrar que, às vezes, de uma segunda chance pode fluir algo bom. Escrita preguiçosa, diria o tagarela.
Mas é isso, o filme mostra que, nas mãos certas, pode surgir algo incrível. E que, nas mãos erradas, um grande projeto pode sequer sair do papel. E que o sucesso de um pode sim ser uma ponte para o sucesso dos próximos.
Agora que toquei os seus corações com um “fisting” bem molhado, posso falar do quão engraçado é o filme. Foi quase como assistir 2Girls1Cup de novo. Vou quebrar a quarta parede da escrita e dizer que esse último parágrafo foi bem pesado, até mesmo para a Fox, e imagina para a Disney. Mas não para Wade Wilson e Logan. O que esses dois fazem juntos e o que enfiam um no outro pode ser bem gráfico para alguns do elenco de apoio, que ficam atrás da quarta parede.
Deadpool & Wolverine é uma jornada sobre redenção, amizade, merdas sem sentido, referências e uma esfregada de virilha na cara da Disney, reafirmando o que disse no início: “um projeto nas mãos certas pode fazer surgir algo incrível. E, nas mãos erradas, um grande projeto pode sequer sair do papel”. E o Ryan Reynolds escarrou na cara do Mickey, esses últimos anos de erros da Casa das Ideias.
Como eu nunca criei expectativas altas sobre o que o filme seria ou faria, não me decepcionei em momento algum. Isso virou uma doença dentro da Cultura POP em geral. A ânsia por tentar adivinhar o que terá no filme ou o que ele fará. Criadores de conteúdo fazem vídeos absurdos apenas para gerar engajamento em suas redes, e acabam por enganar uma geração louca por informações rápidas. Muito parecido com um dos vilões do filme, devo dizer.
Vou parar por aqui, porque acho que já falei demais e porque não quero estragar a experiência de ninguém ao assistir o filme, como quase todos os sites/canais de Cultura POP fazem hoje em dia. Onde vale mais dar o spoiler primeiro do que gastar um tempo escrevendo um texto inteligente que não entrega todas as surpresas e faz você querer ver o filme.
“MAXIMUM EFFORT”
Vão ao cinema e acompanhem o Deadpool e o Wolverine nessa viagem bizarra e nostálgica pelo multiverso, no melhor estilo Deadpool. E façam como um vibrador com bateria 100%, VIBREM, se sentirem que vale a pena. E sem querer pré-alucinar vocês… vocês vão vibrar mais que celular Nokia tijolão.
Obrigado, 20th Century Fox, por terem ajudado a pavimentar esse multiverso de super-heróis nos cinemas. E é de coração, pois o primeiro filme que vi no cinema, e sozinho, foi X-Men. Uma experiência inesquecível. E obrigado por terem acreditado no projeto “Deadpool”.
E muito obrigado, Ryan Reynolds, por ter lutado por esse projeto e obrigado, Hugh Jackman, por ter atendido ao pedido do seu amigo e voltado a colocar as garras para fora.
Chega, fui!