Furiosa, de George Miller, acelera sem arriscar

Furiosa não é Max Rockatansky, mas tem uma história pra contar, dentro do universo Mad Max.
Furiosa tem boas intenções, mas esquece seu principal elemento, a FÚRIA!


Furiosa tem trilha sonora, mas ela é apenas um complemento ou um corpo estranho familiar. A trilha sonora de Estrada da Fúria ajuda a contar a história do longa. O que não acontece em Furiosa.


Furiosa é tão azul que às vezes rouba sua atenção, por causa de seus efeitos visuais e gravação em estúdio, devido a um evidente corte de verbas. E como a trilha sonora, os efeitos práticos e filmagens em locações, ajudam a contar a história de Estrada da Fúria.


A criança Furiosa, a adolescente Furiosa e a Jovem Furiosa (Anya Taylor-Joy) são excelentes, mas elas não são a adulta e experiente Furiosa, interpretada pela força da natureza chamada Charlize Theron. E o processo para construir a personagem acaba sendo arrastado e se perde nas areias dessa terra devastada de Mad Max.
Furiosa demora para engatar mas, no fim, acaba entregando cenas decentes de perseguição e ação. Errando algumas marchas pelo caminho e quase derrapando no final.


No fim, Furiosa é um bom filme de origem, se você não o comparar com Estrada da Fúria e seu espetáculo visual e sonoro. Além do roteiro turbinado com mais puro V8. E nem ouse comparar Anya e Charlize.

E seu caricato antagonista, Dementius, não é um personagem à altura ou talvez, seu interprete, Chris Hemsworth, não tenha sido a melhor escolha.

George Miller poderia ter feito melhor. Afinal, ele já fez. Mas quem sou eu para dizer o que essa lenda deve ou não fazer? Obrigado por mais essa saga, mestre. Que venham mais.

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