O coletivo de rock cinematográfico STARSET está de volta com sua mais nova “transmissão”: o álbum SILOS, lançado em 12 de setembro de 2025. Mantendo a tradição de tecer narrativas complexas através de som e vídeo, este quinto álbum de estúdio se aprofunda nos temas de isolamento, tecnologia e um futuro distópico, enquanto inova com uma abordagem que surpreende os fãs mais antigos.
Liderado pelo enigmático front man e candidato a PhD Dustin Bates, o coletivo de mídia visionário trilhou um caminho singular, posicionando-se como parte banda de rock e parte contadores de histórias conceituais. Eles tecem uma narrativa intrincada através de multimídia (música, vídeos, performances com Realidade Aumentada (RA), uma graphic novel da Marvel e experiências online), redefinindo o conceito de uma experiência de entretenimento verdadeiramente imersiva e borrando as linhas entre ciência, fato e ficção.
Os lançamentos mais recentes de videoclipes da banda, “AD ASTRA” e “SWAY”, são produções visuais impressionantes; eles são peças cruciais que se encaixam no complexo quebra-cabeça da narrativa de STARSET.
“AD ASTRA”: A Imersão na Visão Futurista
O clipe de “AD ASTRA” (que significa “Para as Estrelas” em Latim) é uma demonstração do estilo cinematográfico da banda. Gravado com uma estética de alta produção e um foco em cenários futuristas e distópicos, o vídeo expande o universo da banda, o Starset Society.
Técnica de Gravação: O clipe utiliza o que parecem ser filmagens de alta velocidade e efeitos visuais sofisticados para criar uma sensação de movimento e gravidade alterados, elementos frequentemente presentes em ficção científica. A iluminação dramática e o design de produção detalhado garantem a qualidade cinematográfica, fazendo com que pareça um trailer de um blockbuster de ficção científica.
Narrativa: O vídeo mergulha o espectador em uma jornada espacial ou em um cenário de fuga, reforçando a temática central da banda de busca por conhecimento e o confronto com a verdade. Ele funciona como uma peça de world-building, aprofundando o ambiente em que a história de STARSET se desenrola.
“SWAY”: O Lado Íntimo e a Conexão Emocional
Em contraste, o vídeo de “SWAY” muitas vezes apresenta uma abordagem mais íntima e emocional, focando em personagens e em sua luta interna ou conexão.
Técnica de Gravação: Clipes como “SWAY” tendem a usar closes mais focados e uma paleta de cores que pode variar entre o sombrio e o etéreo, para refletir o conteúdo emocional da música. Diferente da grandiosidade de “AD ASTRA”, “SWAY” pode ter sido gravado com uma abordagem mais minimalista no set, dando prioridade à performance dos atores (ou de Dustin Bates) para transmitir a profundidade da letra.
Narrativa: Este vídeo atua como uma ponte emocional, conectando os grandes temas de ficção científica com as experiências humanas de amor, perda e desejo. Em um universo cheio de tecnologias e conspirações, “SWAY” lembra o público que o cerne da história de STARSET é a experiência humana em face do desconhecido.
SILOS: Uma Coletânea de Temas e Novas Fronteiras
SILOS não é um álbum de conceito linear no sentido tradicional dos seus antecessores. Ele se apresenta como uma coleção de faixas lançadas ao longo de 2024 e 2025 – incluindo os já comentados sucessos “AD ASTRA” e “SWAY” –, unindo-as a duas faixas originais inéditas e seis interlúdios narrativos cruciais para a experiência temática.
O título e as músicas (“DYSTOPIA”, “BRAVE NEW WORLD”) sugerem uma exploração do isolamento (silos) e das consequências da evolução tecnológica descontrolada – uma continuação direta da filosofia da Starset Society liderada por Dustin Bates.
Uma História Contínua: A Integração dos Clipes
O que torna os lançamentos de STARSET únicos é que esses videoclipes não são obras isoladas. Eles são capítulos em uma narrativa maior. Ao assistir a clipes como “AD ASTRA” e “SWAY” em conjunto com o restante do catálogo visual da banda, os fãs percebem que as referências visuais, os símbolos e os easter eggs se alinham para formar uma linha do tempo coerente. A banda utiliza esses vídeos para:
Introduzir ou desenvolver Personagens: Figuras recorrentes e elementos visuais que representam facções ou ideias dentro do universo de STARSET.
Avançar o “Manifesto”: Cada clipe revela mais sobre o propósito e a história da Starset Society e a misteriosa mensagem recebida do espaço.
Criar uma Experiência Imersiva: Os vídeos não apenas acompanham a música, eles exigem atenção aos detalhes e incentivam a teoria e a discussão entre os fãs, transformando o consumo de música em um envolvimento com a história.
A Surpresa Retrô
Um dos aspectos mais notáveis de SILOS é a inclusão de covers de músicas new wave dos anos 80: “SHATTERED DREAMS” (original de Johnny Hates Jazz) e “HEAD OVER HEELS” (de Tears For Fears). Dustin Bates justificou essa escolha em parte como um ato de “agora ou nunca”, impulsionado pela preocupação de que a tecnologia de IA (Inteligência Artificial) em breve tornará obsoleta a criação de covers emocionantes e originais feitos por humanos. A banda pega essas faixas nostálgicas e as injeta com seu som característico: peso, drama e eletrônica de ficção científica, criando um contraste fascinante que ressalta as mudanças culturais e tecnológicas das últimas décadas.
O Catálogo Essencial: As Quatro Transmissões Anteriores
Para entender a dimensão do universo narrativo de STARSET, é essencial conhecer seus quatro álbuns de estúdio anteriores, que estabeleceram a banda como mestres do rock cinematográfico e da narrativa conceitual.
1. TRANSMISSIONS (2014)
O álbum de estreia é a Gênese do universo STARSET. É aqui que a narrativa da Starset Society – e o recebimento de uma mensagem misteriosa do espaço (A Mensagem) – é estabelecida. Com hinos como “My Demons” (que alcançou certificação Platina) e “Carnivore”, o álbum mistura rock alternativo, eletrônica e arranjos orquestrais, pavimentando o caminho para o gênero “cinematic rock“.
2. VESSELS (2017)
VESSELS (Navios/Vasos) aprofunda a história, explorando temas de humanidade versus tecnologia e a inevitável luta pela verdade em um mundo cada vez mais conectado (ou desconectado). Faixas como “Monster” e “Ricochet” levaram a banda a novos patamares comerciais, mantendo a sonoridade épica e aprofundando os soundscapes eletrônicos e mais pesados.
3. DIVISIONS (2019)
A terceira parte da saga, DIVISIONS, mergulha em um futuro distópico onde a tecnologia e a IA dominam, e a humanidade está dividida entre a aceitação do status quo e a busca pela liberdade. Músicas como “Manifest” e “Where the Skies End” continuam a evolução sonora da banda, com uma produção ainda mais densa e complexa, explorando as consequências da prox transmission recebida no primeiro álbum.
4. HORIZONS (2021)
O álbum mais recente antes de SILOS, HORIZONS (Horizontes), lida com temas de esperança e desespero diante de um futuro incerto. É uma jornada emocional que equilibra o rock pesado (“INFECTED”) com baladas atmosféricas (“Leaving This World Behind”). O álbum solidificou a posição da banda no mainstream do rock moderno, mantendo a integridade conceitual que os define.
Com SILOS, a STARSET continua a expandir seu legado, provando que sua missão de unir arte, ciência, ficção e música está mais viva do que nunca. Construindo universos através da música.
Ao fundir rock com ficção científica profunda e um vasto universo multimídia, STARSET consolida seu status como um coletivo de arte e narrativa que está verdadeiramente à frente de seu tempo.
O que mais te intriga sobre o universo criado por STARSET?

