O Blackbriar acaba de presentear os fãs com “A Last Sigh of Bliss” (“Um Último Suspiro de Felicidade”), o quinto single de seu aguardado álbum, “A Thousand Little Deaths” (“Mil Pequenas Mortes”). Longe de ser apenas mais uma canção, a faixa é uma jornada poética que explora a beleza enigmática e paradoxal da morte.
A voz etérea de Zora Cock nos guia por uma narrativa onde o frio e o calor se misturam, o sofrimento se confunde com a entrega. A letra, escrita pela própria vocalista, descreve um encontro com uma figura espectral, uma “luz e assombração, um toque gentil na minha pele”. Essa presença é fria, mas capaz de gerar um calor avassalador, como nos versos: “Embora seu toque pareça frio, está me aquecendo / E eu posso congelar até a morte em seus braços / Mas tudo que consigo sentir é calor.”
A música segue tecendo essa teia de contradições. A escuridão da noite se torna “ensolarada”, e o encontro se assemelha a uma abelha “se afogando em mel”. O encerramento da vida não é trágico, mas sim uma despedida pacífica, quase romântica, um último suspiro que é, ao mesmo tempo, um êxtase. “Você me beija os lábios azuis uma última vez / E gentilmente me leva para o outro lado”.
Com uma melodia que combina a intensidade do metal sinfônico com a suavidade de uma balada, a canção mergulha o ouvinte em uma experiência que é ao mesmo tempo sombria e refrescante. O Blackbriar usa metáforas sensoriais – o perfume da madressilva, o hálito de uma noite de verão – para nos conduzir a um clímax de pura euforia, em que a entrega ao fim se torna libertadora. “Eu sou como o cheiro de madressilva / Que entra pela janela do meu quarto / Em uma noite quente de julho / O mais inebriante ao anoitecer”.
Em “A Last Sigh of Bliss”, o Blackbriar não apenas narra uma história, mas nos convida a sentir o que é estar no limiar entre a existência e o além, encontrando a beleza final no ato de soltar-se.
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