Tá, vamos lá!
Finalmente eu vi o deslumbrante Duna: Parte Dois. Deixei todo hype passar e fui ver o filme.
A sala até que estava cheia, e independente da sala estar cheia ou não, o filme é deslumbrante. Preenche toda a tela e é de uma magnitude tão maravilhosa, que faz com que você pense que só tenha a sala de cinema e você.
O filme é de uma grandeza tão absurda em todos os aspectos, que você fica “boquiaberto”.
Toda sua escala e toda sua grandeza em fotografia, faz com que o filme se torne ainda mais grandioso. E parece que, finalmente, o Denis Villeneuve aprendeu que Blockbuster precisa ter explosão a cada dez minutos. Você sente que o roteiro foi escrito pra ter explosão, e não é qualquer explosão, são explosões de magnitude CAVALARES. Explosões de encher os olhos, de encher a tela e de fazer com que a sala de cinema pareça ter um Sol dentro dela.
Foram poucos filmes que me fizeram ter essa sensação de grandeza, de satisfação após sair do cinema e Duna: Parte Dois foi um deles.
O longa é tão grandioso em escala, fotografia, direção e em trilha sonora. E um dos maiores acertos de Duna: Parte Um e Dois, foi ter Hans Zimmer e sua equipe compondo a trilha sonora. Pois, sem Hans Zimmer esses filmes não seriam os mesmos. Garanto que, sem Hans Zimmer e sua equipe, a trilha sonora não seria a mesma, não teria o mesmo impacto. Duna: Parte Dois, não alcançaria o patamar de grande épico audiovisual. Em minha opinião.
Eu costumo dizer que todo filme que tem a trilha sonora do Hans Zimmer, não tivesse a trilha sonora do Hans Zimmer, o filme não seria o mesmo. Perderia todo seu impacto sonoro.
Acredito que Duna: Parte Dois seja um clássico instantâneo. E, pelo visto, Denis Villeneuve aprendeu com os próprios erros em Duna: Parte Um, percebendo que apenas diálogo não mantém um filme. A não ser que você seja Martin Scorsese.
A história do segundo filme pode até parecer batida, pode te lembrar todo o conceito bíblico islâmico do que próprio conceito bíblico ocidental – igual minha amiga Ludimila (parceira do site) falou… e devo concordar com ela. Porque, quando você faz um paralelo com a religião e a adoração a suposta divindade que é o Paul Atraides, é bem parecido com o que acontece na cultura islâmica.
As batalhas, as incursões do povo da areia – os Fremen – contra o exército da casa Harkonnen, são de uma beleza tão maravilhosa. As coreografias de luta são incríveis.
Percebe-se que as pessoas que trabalharam nesse filme, tem um esmero tão grande pelo que estão fazendo, que não é simplesmente montar uma tela verde ou azul, começar a gravar e depois resolver na pós produção. Não é simples assim.
“A SÉTIMA ARTE RESPIRA COM DUNA: PARTE DOIS”
É um aceno à todos os cineastas, à todos os futuros diretores e diretoras que estão por vir, à todas as pessoas que trabalham com cinema, para que percebam a produção de um filme precisa ser com esmero, precisa ter cuidado e carinho ao ser feito.
Não me entenda errado, sou um dos maiores fãs da pós produção e seus profissionais – fazem verdadeiros milagres – , mas ela não pode ser usada para resolver problemas de produção e direção. Parafraseando o grande profissional da aviação e YouTuber, Lito;
“Todos os elos da corrente precisam trabalhar em uníssono”
e se um elo romper, pode acabar ocorrendo um efeito cascata, comprometendo todo projeto. E Duna: Parte Dois, fez tudo que um épico deveria ter feito. Entregou bons diálogos, entregou toneladas de ação, explosões e um visual magnífico.
Não posso deixar de falar do colossal elenco. A atriz sueca Rebecca Ferguson (Silo e franquia MissãoImpossível), Javier Bardem (Barcelona e Onde Os Fracos NãoTem Vez), Josh Brolin (Os Goonies e Vingadores 3 e 4), a talentosa Zendaya ( Euphoria e a recente trilogia do Homem-Aranha, Anya Taylor-Joy (A Bruxa e o vindouro spin-off Furiosa: Uma Saga Mad Max), Christopher Walken (O Franco Atirador e A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça), Austin Butler (Elvis e Mestres do Ar), Timothée Chalamet (Me Chame Pelo Seu Nome e Wonka) e a adorável Florence Pugh (Midsommar e Viúva Negra). Fora outros nomes não menos importantes nesse grandioso elenco.
Mas passado todo esse hype, toda a empolgação que a sala de cinema proporciona, será que Duna: Parte Dois é realmente tudo isso ou é a falta de grandes épicos nos últimos 10 anos que fez com que o longa passe essa sensação de grande épico da Sétima Arte?
Duna: Parte Dois entra para minha lista de melhores filmes do ano, e o ano só está começando. Teremos muitos concorrentes, mas poucos vão rivalizar com essa bela película.
Nota: 9,5